sexta-feira, 11 de maio de 2007

Faces

Eu sempre tive costume de andar olhando para o rosto das pessoas que passam. Sempre. Na calçada, no ônibus, no metrô, eu sempre dou uma geral, e olho para o rosto de cada pessoa lá presente. Não sei explicar o porque, e pra falar a verdade, nem sou tão bom fisionomista. O que acontece muito é de eu detectar traços familiares em rostos estranhos. As vezes parece um amigo, outras vezes tenho certeza de que já vi mas não sei onde. A ciência talvez explicasse facilmente isto, dizendo que nosso sub guarda muito mais coisas do que podemos imaginar, e provavelmente o rosto "estranho" tem alguma referencia cruzada com alguem que está guardado la dentro.

Qualquer que seja a resposta, hoje, no ônibus, me dei conta de uma maneira um pouco mais abrangente de como o mundo é grande! Todos os dias de nossas vidas, vemos alguem que nunca vimos antes, isso chega a ser assombroso, se voce multiplicar os valores. Me abre também margem para inúmeras perguntas, do tipo "por que será que no meio dessa gente toda, conheci fulano, ou fulana?" e sem dúvida também penso muito que em algum lugar deste mundo enorme, deve haver alguém por quem eu me apaixonaria perdidamente com um simples olhar.
Deve haver alguem muito parecido comigo, a ponto de incomodar, afinal de contas, viemos todos de um mesmo modelo e por mais que hajam infinitas possibilidades de combinações, as equações matemáticas sempre apresentam sequências comuns. E nesses casos parece que o universo não joga seus dados, e escolhe a dedo onde colocar tais pessoas. As vezes parece que tudo é parte de um "grande plano", e que somos conduzidos por este enredo, que já tem todas as suas cartas marcadas. Mas as vezes, na maioria delas me incomoda pensar desta forma: ter algo ou alguem controlando minha vida.

Dentro de mim, sempre carreguei uma sensação que talvez explique o porque de olhar para o rosto de todos que cruzam o meu caminho: a sensação de estar procurando alguma coisa, ou talvez alguém que eu nem sei o que é. É como se me faltasse algo, que inconscientemente eu procuro encontrar da maneira e no momento mais inimaginavel possível. Existe algo de grandioso acontecendo o tempo todo que não conseguimos captar, por estarmos envolvidos demais com as pequenices que acometem nossas vidas. Quantas vezes será que já cruzei com você, ou passamos próximos um ao outro, sem saber que um dia farás parte e até diferença na tua e minha vida ?

Até que tudo se torne diferente e faça sentido.

2 comentários:

Adsartha disse...

Bah, acho que precisa de primeira, segunda, terceira (...) vista. Se nem vendo muito a gente não consegue aprender o suficiente sobre a pessoa, quem dirá olhando pela primeira vez.
Bom, acho que não sou a pessoa mais indicada pra comentar nesse caso :P
Boa sorte na procura ^^

Anônimo disse...

Relexa rapá que a tua tá guardada. Seja uma boa criança o ano todo, que vem. E lembre-se: Papai Noel dá o presente, mas não paga a conta!

Esse lance de rosto é doidera, depois te conto umas.

Fuizz