sexta-feira, 24 de abril de 2009

Friendmentagedship

Taken away
P i e c e by p i e c e
Even when denial
Persisted still
Pieces could be seen
Flying away
Hesitating at times
Floating about the line-of-sight
Yet unreachable
Cannot avoid the flight
Cannot stand watching it
Try and block the sight
Try and walk away
Would be easier
Were the fragments
Nothing
But something to be watched
Could they speak
But not to me
Could they feel
But not with me
Would they not
Let me know their wish
To only fly around
But wishing cannot prevent
Them from being still
Driven way

quarta-feira, 18 de março de 2009

93 - Mas então, por que escreves?

" - A: Não faço parte daqueles que só pensam com uma pena molhada na mão; tampouco daqueles que se abandonam às suas paixões quando estão sentados em uma cadeira, com os olhos fixos no papel, diante de um tinteiro destapado. Escrever irrita-me ou dá-me vergonha; escrever para mim é uma imperiante necessidade; repugna-me falar disso, mesmo sob uma forma simbólica.
- B: Mas então, por que escreves?
- A: Ah, meu caro, ouve um segredo: ainda não descobri outro meio de me livrar dos meus pensamentos.
- B: E por que queres livrar-te deles?
- A: Por que quero? Mas eu quero? Eu necessito.
- B: Bem! Está bem!"

Nietzsche: A Gaia Ciência - Livro Primeiro

sábado, 10 de janeiro de 2009

Angústia

Há tempos não há a sentia.
É tanta que me fogem as palavras.
É tanta que tento fugir de tudo.
Dos pensamentos, das vontades, das ânsias, das necessidades.
Até onde necessito, até onde posso me privar?
Privo-me ou seleciono? Seleciono ou limito-me? Talvez me limitem.
Não sei o quanto é proposital. Não sei o quanto me importa.
Ao longo da noite me importei demais. Importei-me com o que não devia. Importou que devesse importar-me. Ser humana, demasiadamente humana, humana demais, mais humana do que gostaria, humana quando não quero, humana por querer.
(...)
Começo, meio e fim.
Como se apaixonar, como manter, como terminar.
Como apaixonar, como manter, como terminar. Como terminar sem acabar, sem distruir laços.
Como construir laços sem ferir ou ser ferida.
Indagações que faço todos os dias. Respostas que me forço a ter esperança de um dia encontrar. Quem procura acha, dizem. Espero. E espero.
(...)
Enjôo-me de lugares comuns. Enojo-me em lugares comuns. Entedio-me com pessoas comuns. Esforço-me em não ser comum. Às vezes fantasio com o comum. Muitas vezes finjo estar comum. Não ser.
Hoje quero ser comum.
Hoje sentirei a trivialidade.
Esta noite beberei comumente.
Esta noite ocultarei, como de costume, todos os pensamentos fora do comum. Experienciarei o extraordinário sozinha. Como sempre. Um sempre que sobrepujou os momentos que já não me lembro. Momentos ofuscados pelo rotineiro. Rotina que me faz sentir humana.

[inacabado]