Uma onda de saudosismo me invadiu nos últimos tempos. Aliás, minha natureza é saudosista. Sempre acho que o ontem foi melhor que o hoje, e que cada vez mais as coisas perdem a graça. No fundo acho que sou eu quem vou perdendo a graça.
Interessante como a música tem o poder de me fazer viajar no tempo. Tenho reeditado praticamente tudo que ouvia em 04 e 03, épocas generosas onde dores no coração se curavam com simples porres. Ouço cada acorde, de cada banda e me lembro onde estava quando tal música marcou e o mais importante, lembro o que estava pensando e sentindo. E por mais que me considerasse deveras perdido naquela época, era gostoso: haviam centenas de placas sinalizando o caminho pra casa.
Parece tão distante hoje, mesmo não sendo de fato. As vezes tenho a nítida sensação de que estou esperando alguem dar um tapinha nas minhas costas e dizer "tudo vai ser como antes" mas a vida segue sempre rápido demais e não há como substituir os anos passados.
No caderno da minha vida, há um grande ponto de interrogação tomando a página toda. Muitas incertezas, poucas convicções. Não posso viver assim pra sempre. O talvez talvez nunca chegue...
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Um comentário:
Eu tenho essa mesma sensação, mas os casos mais notáveis são de músicas/álbuns que me lembram o que eu jogava enquanto os ouvia o.O
Enfim, às vezes temos que decidir se sim ou não, mesmo que o talvez seja mais confortável. Algumas coisas na vida precisam mais dum empurrãozinho (mesmo que partindo de nós mesmos) do que um tapinha nas costas.
Abraços Marcio!
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