sexta-feira, 27 de abril de 2007

Mente vazia, cozinha do diabo?

Bah, a minha é até cheia demais pro meu gosto, mas ele ainda consegue preparar uns risotos, apesar da bagunça toda. (Mas não fosse isso, acho que nunca começaria um blog :P)
Às vezes (muitas vezes, por sinal) sinto falta da época inocente e ignorante. Era tão bom:
  • saber de nada, achar que o mundo é perfeito,
  • achar que existem pessoas puramente boas ou más, e que elas são fáceis de identificar
  • acreditar que o melhor amigo é pra sempre (e que nada nem ninguém poderia interferir nisso),
  • que toda sexta-feira é dia de "brinquedo" (ou simplesmente diversão, como hoje seriam nossas sextas-feiras pra se relaxar e fazer um happy-hour)
  • ter como maior preocupação tirar um 5 nas provinhas de escola
  • ir pra aulinha de inglês pra cantar aquela música da rádio, sem se preocupar se o seu aprendizado vai influenciar ou decidir tua carreira
  • fuxicar sobre o menininho ou menininha que você gostaria de beijar, sem ter a mínima idéia do que um relacionamento é, ou acreditar que a única coisa séria é o casamento (afinal, quando pequenos, nós acreditamos que ele é sério. Felizes as crianças, principalmente quando não vêem os pais assinando um papel que cancela a assinatura do papel anterior)
  • ter a sensação de que aquela viagem ia ser sempre a melhor, e que você estava conhecendo o mundo, mesmo que não fosse mais de 100km de distância, pra casa da tua vó.
  • ter como única noção financeira, aquela mesadinha ou trocadinho que a tia dava pra tomar sorvete toda semana
  • ... <- {Insira aqui 423937087 outras coisas boas da inocência}
Aahh Ignorance is Bliss.
Será que posso vomitar a Red Pill?

Meu professor quer bolar um "Reset settings to 0" num sistema (Linux, no caso). Eu quero um desse para seres humanos. Amnésia induzida voluntariamente.
A verdade está lá fora, mas às vezes desejo nunca ter saído. Ninguém vê a verdade toda sobre todas as coisas, mas elas assustam e revoltam mesmo em doses homeopáticas.

Bom, daqui a umas 2-3 décadas a população deverá estar bastante reduzida, vítima das nossas guerras, por petróleo, por água, por dinheiro. Quanto tempo será que vai correr até que todos estejam dizimados? O que será que vai acontecer depois?
Acho que não me importa.
A humanidade é porca.
Bichos escrotos.
Aqui se faz, aqui se paga.

E como sempre...não é nada disso que tava na minha cabeça quando comecei a escrever. Mas uma coisa leva a outra.
And some things better remain unspoken.

Mas quer saber? Foda-se.
Não quer? Foda-se também.

np: Opeth - Dirge For November

Um comentário:

Unknown disse...

Meu bom e velho pai sempre falava essa frase, a do title.
A verdade é que quanto mais a gente cresce, mais a gente quer voltar a ser criança. Como não da pra fazer isso, e nem pra vomitar a red, o que nos resta é construir uma realidade alternativa, e isolar quem realmente importa dessa cruel realidade. Paciência...
Esperamos acordar, porque nos negamos a aceitar as coisas como elas são.

Bjs